Seu direito

Divórcio Após a Morte: Como evitar surpresas na herança

por Afonso Celso

O divórcio é um tema que, por si só, já traz diversas implicações emocionais e patrimoniais. Mas e quando um dos cônjuges falece antes da conclusão do processo?

Você sabia que é possível reconhecer o divórcio mesmo após a morte do ex-companheiro? Esse é o chamado divórcio post mortem, um tema que pode definir o destino do seu patrimônio e o de sua família.

O casamento é uma instituição que gera impactos não apenas na vida pessoal, mas também no aspecto patrimonial dos envolvidos. No Brasil, segundo o art. 1.571 do Código Civil, o casamento é dissolvido pelo divórcio, nulidade ou anulação, e também pelo falecimento de um dos cônjuges.

No entanto, quando o casal já estava separado de fato ou com a ação de divórcio em andamento, o cônjuge sobrevivente pode ter sua condição de herdeiro contestada.

A jurisprudência vem reconhecendo cada vez mais que, se a separação já era uma realidade, o falecimento de um dos cônjuges não deve ser impedimente para a decretação do divórcio.

Isso significa que, em casos concretos, o estado civil pode ser modificado mesmo após a morte do cônjuge, impedindo que a pessoa que já não fazia parte da vida do falecido tenha direitos sobre sua herança. O fundamento para essa decisão está na autonomia privada e na proteção ao verdadeiro desejo das partes envolvidas.

No Recurso Especial 2022649-MA, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou essa tendência, permitindo a continuidade da ação de divórcio após a morte de um dos cônjuges. Esse entendimento é fundamental para proteger o direito dos herdeiros e garantir que o estado civil do falecido reflita sua real intenção em vida.

Por que o Divórcio Post Mortem é Importante?
É essencial estar atento a essa possibilidade jurídica, tendo em vista que o reconhecimento do divórcio post mortem pode evitar que um ex-companheiro de quem já estava afastado por anos receba parte do patrimônio.

A ausência de previsão específica no Código Civil gera incertezas, mas a tendência dos tribunais é de permitir que o divórcio seja formalizado mesmo após o falecimento de um dos cônjuges, desde que haja provas concretas da intenção de dissolver a união.

Se você deseja garantir seus direitos, proteger seu patrimônio e evitar conflitos familiares futuros, conte com a orientação de um advogado especialista. Não corra o risco de deixar sua família vulnerável a disputas judiciais e interpretações que não condizem com sua realidade. Assegure que sua vontade seja respeitada!

 

Evoto

Adara Gomes – Especialista em divórcio

Sócia ASG Advocacia

@adaragomes

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